segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O desfalque que é reforço


A periodista Mariúcha Moneró (foto de Leopardo da Vinte) reinou no marketing do Glorioso durante o período do presidente Bebeto de Freitas – cujas contas ainda não foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo. Sempre soube que Mariucha era apaixonada pelo Tricolor das Laranjeiras, mas como ela cantava o hino Alvinegro, nos jogos do Botafogo, imaginei que tinha virado a casaca. O tempo passou e através de Jefferson Mello, aliado de Bebeto, fui convidado a escrever para o site uma vez por semana. Disse a ele que uma vez era pouco e passei a colocar três colunas no site.

Autoritária, aparentando saber mais do que sabia, Mariúcha jamais atendeu uma única, escassa e miserável sugestão minha para melhorar o site. Uma delas era a de entrevistar, com fotos, semanalmente, botafoguenses famosos como Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Marcelo Antony, Murilo Benício, Dira Paes, Léo Baptista, Luiz Penido, Eraldo Leite, Luiz Mendes, Lúcio Mauro, Otávio Augusto, Glória Menezes, José Augusto Branco e tantos outros globais e não globais.

Ela, Mariúcha, cheia de marra, vetou. E eu também acabei vetado três meses depois.

Não me considero um sujeito que tudo sabe sobre o Glorioso. Há muita gente que sabe mais do que eu. Mas sei um pouco, tenho fotos antigas no computador, sou sócio proprietário, pertenci ao Conselho Deliberativo por 15 anos e tenho este blog. Mas o Botafogo e Mariúcha, não me pagaram os três meses de colaboração (com nota fiscal). Deixei meu último salário para ser distribuído entre os funcionários mais humildes, que viviam com seus ganhos mensais atrasados e tirei meu time de campo de cabeça erguida. Fiz o que me permitiram fazer, embora me proibissem de colocar as centenas de fotos que possuo. Foi uma pena. Meu arquivo estava à disposição.

Ao todo, escrevi três livros sobre o Botafogo: ‘Didi – Treino é Treino, Jogo é Jogo’, ‘Botafogo – 101 anos de Histórias, Mitos e Superstições’ e por último, agora em 2010, ‘Botafogo – O Glorioso’. Os dois primeiros estão esgotados. O terceiro, impresso em Belo Horizonte, ainda pode ser encontrado em poucas livrarias. Jamais pedi um tostão ao Botafogo para escrevê-los, até porque passei batido por nomes de dirigentes ou pseudo-dirigentes. Contei sempre histórias, passadas a mim por Didi – com quem trabalhei na Rádio Globo – Neivaldo Carvalho e Américo Pampolini, todos falecidos, Robert James Neil, o Bob, Nílton Santos, Luiz Mendes e, hoje em dia, o talentoso dentista Ronald ‘Marretinha’ Alzuguyr. Isso para não falar em colegas de redação como João Saldanha e Sandro Luciano Moreyra e Oldemário Vieira Touguinhó, os três também mortos prematuramente.

Em poucas e resumidas palavras, repito, conhecia e conheço mais sobre o Glorioso do que todos os que integravam o marketing na época de Mariúcha, a tricolor. Mas tudo isso é passado. O que tinha que escrever sobre meu clube do coração já escrevi. Aí, veio Maurício Assumpção e afastou Mariúcha, que foi acolhida no marketing do Tricolor. E lá ela também mandava e desmandava. Segundo informações de cocheira, soube por interpostas pessoas, que lá também ela foi colocada para escanteio, ou seja, detonada. Para mim, Mariúcha, no Fluminense, é um desfalque que é um reforço. O marketing tricolor só tem a ganhar com sua ausência. Pode ser que agora, sem a ditadura de Mariúcha, o marketing tricolor ganhe destaque, até porque o clube vem fazendo boa campanha no Brasileiro deste ano.

Boa sorte, Mariúcha. Quem sabe o Beira da Lagoa não a chame para conturbar mais o clube?

2 comentários:

Regional 04 disse...

Caro Roberto,
Gostaria que vc comentasse este fato vergonhoso que ocorreu na imprensa esportiva brasileira e também divulgasse, se assim o achar conveniente.
VERGONHA NA IMPRENSA ESPORTIVA
Diário Lance altera coluna do jornalista Roberto Assaf (incontestável rubro-negro)porque o mesmo não viu favorecimento da arbitragem em prol do Botafogo:
http://blogdopcguima.blogspot.com/2010/09/lance-pede-desculpas-roberto-assaf-e.html
Se tentaram fazer isso com o renomado Assaf (que se rebelou, diga-se de passagem)imaginem o que não fazem com jornalistas menos cotados e free-lancers. "Inventou-se" as colunas assinadas feitas por "consenso" da maioria.
A quem será que este tipo de método favorece???????

SAN,
do assíduo leitor Dirley Santos

Sandro. disse...

Figuras assim, autoritárias, vaidosas não deveriam participar do marketing do Botafogo. Geralmente na vida levam porrada, mas em um clube podem muito mais prejudicar que qualquer outra coisa. E, nas poucas vezes que escrevi ao marketing do Glorioso, fui muito mal atendido uma vez e nas outras todas nem sequer obtive resposta. Céus,onde vai parar esse grande clube que tenho tanto amor?