domingo, 27 de dezembro de 2009

Gigghia, o último vivo da façanha de 50

No último dia de outubro ainda deste ano de 2009, publiquei neste blog a foto do time do Brasil que disputou a final do Mundial de 1950, contra o Uruguai, a 16 de julho daquele ano, no Maracanã. Todos, do goleiro Barbosa ao ponteiro-esquerdo Chico já deixaram este mundo. O último deles foi o zagueiro-central Juvenal Amarijo, que faleceu este ano. O time da decisão era Barbosa, Augusto e Juvenal; Bauer, Danilo e Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir, Jair Rosa Pinto e o já citado Chico.

Hoje, graças à preciosa ajuda do amigo uruguaio Carlos Daniel Goyen, passo para o lado dos campeões mundiais e publico seus destinos. Na foto, no Maracanã, estão, da esquerda para a direita, de pé (só valem os uniformizados) Obdúlio Varela, Tejera, Gambetta, Máspoli e Rodriguez Andrade; agachados, na mesma ordem, Gigghia, Júlio Perez, Miguez, Schiaffino e Morán (reserva do titular Vidal).

De todos eles, o único ainda vivo, morando em Montevidéu, é o ponteiro-direito Alcides Gigghia (1926), autor do gol da vitória de 2 a 1 dos uruguaios. Os demais, como seus adversários brasileiros, se foram. A saber, Roque Máspoli (1930-1978), Mathias González (1925-1985), Eusébio Tejera (1922-2002), Schubert Gambetta (1920-1991), Obdúlio Varela (1917-1996), Rodríguez Andrade (1927-1985), Julio Perez (1926-2002), Oscar Miguez (1927-2006), Alberto Schiaffino (1925-2002), Rubén Morán (1930-1978) e o técnico Juan Lopez (1908-1983).

Em poucas e resumidas palavras, quase que por ironia do destino, apenas Alcides Gigghia, que enganou Moacir Barbosa na baliza à direita das tribunas do Maracanã, permanece vivo, como que para relembrar para a história do futebol uruguaio, a maior façanha esportiva de seu país e o bicampeonato mundial (1930-1950) que nossos irmãos do Sul ostentam com maior orgulho e paixão.

Nunca é demais lembrar que poucos meses antes, na Copa Rio Branco, Brasil e Uruguai jogaram três vezes seguidas, uma delas no Pacaembu e as duas outras em São Januário. O Brasil perdeu um jogo e venceu os outros dois com a maior dificuldade. Se o técnico Flávio Costa (1906-1999) não aprendeu a lição, quem sou eu – à época um menino de calças curtas – quem vai discutir o assunto?

*Gigghia, o sobrevivente de 1950, colocou os pés na calçada da fama, do Maracanã

(Créditos SporTV)

Um comentário:

zobaran disse...

Roberto,

Você se confundiu, a Alemanha não é tetra.

Belo post!

abs