quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Olha o Luxemburgo aí, gente!!!



Confesso aos leitores deste alvinegro blog que, na época, comprei esta foto na banca de jornais do Tolito, quase em frente ao Clube de Engenharia, na Avenida Rio Branco.

Mas o que teria esta foto de extraordinário?

Para mim, naquela época, 1978, valeu pela presença dos dois mascotinhos, João Diniz e Bruno, filhos de meu irmão Carlos Porto, autor do projeto do Engenhão. João virou a casaca e passou a torcer para aquele clube que vocês sabem.

Bruno, não. Segue alvinegro, dá aulas de desenho em Xangai e mantém na sacada de sua casa uma bandeira alvinegra. Sobre meu irmão arquiteto não preciso dizer que é tão botafoguense quanto eu. Talvez mais.

O tempo passou célere – pouco mais de três décadas – e alguns pontos precisam ser ressaltados no time que ilustra o blog. Mas, primeiro, vamos à identificação das figuras:

de pé, da esquerda para a direita, Ubirajara, Perivaldo, Ronaldo Torres, Russo, Nílson Andrade e, acreditem ou não, Vanderlei Luxemburgo, o Luxa;

agachados, na mesma ordem, Cremílson, Luisinho Tombo, Mendonça, Marcelo e Renato Sá.

Em campo, a escalação era esta: Ubirajara, Perivaldo, Nílson Andrade, Ronaldo Torres e Vanderlei Luxemburgo; Mendonça, Russo e Renato Sá; Cremílson, Luisinho Tombo e Marcelo.

O local é o estadinho de Marechal Hermes, para onde foi o Botafogo do meu coração depois da venda da sede à Companhia Vale do Rio Doce dois anos antes.

O presidente do clube, Charles Borer (1929-2001) fez o possível para reerguer o Botafogo, mas nada conseguiu, a não ser montar o que seria o “Time do Camburão”.

Na partida desta foto, contra a Portuguesa, num sábado à tarde, ocorreu um fato inusitado. O Botafogo estava conseguindo endurecer um jogo até certo ponto fácil e o placar indicava 1 a 1.
No segundo tempo, chutando para a baliza à esquerda da mal ajambrada tribuna para a imprensa, uma bola foi lançada na ponta-esquerda para Renato Sá. Mas ela iria sair se o repórter Valdir Luiz, da Rádio Nacional – um botafoguense ensandecido – não lhe desse um toquinho correndo junto à lateral. Renato Sá, então, foi à linha de fundo e centrou para Luisinho Tombo marcar o 2 a 1 e selar a vitória.

É evidente, pelos detalhes que descrevi, que eu estava presente com meus filhos Roby Porto (hoje na Sportv) e Cristiana Porto (há 20 anos na Califórnia). Quanto a Valdir Luiz, ficou na dele, quietinho, pois seu toque foi sutil. Mas se o Botafogo venceu naquele dia em Marechal deve um pouco a meu amigo radialista da Nacional.
Saudações Botafoguenses,
Roberto Porto

6 comentários:

Chico da Kombi disse...

O Vandeco Luxeco não jogava nada.

Preparar...
Apontar...
Detonar o Boavista em Bacaxá...
FOGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO...

Gloriosas saudações alvinegras.

Botafogo, minha vida, eu te amo.

Anônimo disse...

Me perdoem os arquivos implacáveis, mas essa é do báu! Russo na meia cancha e Luxemburgo - na época era Vanderlei - na lateral esquerda! Além disso, quem haveria de se lembrar de Ronaldo Torres e Nilson Andrade? Confesso não fazer a menor ideia de quem sejam...

Anônimo disse...

E desculpem-me também pelos erros de português.. a começar pelo horrível "báu", só percebido tardiamente... rs

Luiz Rogério disse...

Roberto,

Esse post foi muito maneiro, pois relata um fato histórico, gol do Fogão com participação do lendário "Pato Roco".

O Luxemburgo segundo dizem, até ele mesmo já falou isso, não jogava nada! Como pode um time como o Botafogo contratar um perna de pau assim?

A foto do time em si ficou muito legal com as arquibancadas ao fundo lotada, com lindas bandeiras alvinegras desfraldadas.

Um abraço.

Saudações Alvinegras!!!

Luiz Rogério

jrcairo disse...

Uma pergunta a todos:
Esse foi o jogo de estreia no campo de Marechal Hermes? Se nao me engano a estreia por la tambem foi contra a Portuguesa nao?!?! Se foi, eu estava la, aos meus dez anos, levado pelo meu tio, botafoguense e principal razao do meu amor pelo Glorioso!!!

Anônimo disse...

Querido Roberto Porto