
Há poucos dias, escrevi aqui neste alvinegro blog, duas coisas que irritaram os botafoguenses que me acompanham (e que sempre me deram a maior força). Disse que o Botafogo só voltou à primeira divisão graças a ajuda gratuita do Palmeiras – que manteve o time principal mesmo classificado – e que, este ano, agora de 2009, está novamente a caminho de ser rebaixado. Foi uma espécie de briga de foice no escuro. Recebi raivosos e-mails, (creio que de jovens botafoguenses), mas não dei importância.
Pois muito que bem – como diria meu eterno amigo Marcos de Castro: eis que o Glorioso já está na zona de rebaixamento (ocupa a 17ª colocação) e, mais do que isso, recebi de Pedro Varanda – a maior autoridade em matéria de estatísticas botafoguenses – e do leitor que se assina Chico da Kombi a confirmação do auxílio do Verdão na volta do Botafogo à primeira divisão. O Palmeiras, com sua equipe titular, fuzilou Sport Recife e Marília que andavam caçando o Botafogo para pular para a divisão principal.
Modéstia à parte, conheço meu clube na palma da mão.
Agora, através da amiga e companheira Malu Cabral, fiquei sabendo que Victor Simões já está criticando Ney Franco (foto) por escalá-lo numa posição que não é a sua. Em poucas e resumidas palavras, a bronca já desembarcou em General Severiano e só uma vitória sobre o Sport trará mais calma ao futebol do clube. Mas aqui mesmo e agora faço a mais fechada e absoluta questão de absolver o novo presidente Maurício Assumpção, que já pegou o clube aos frangalhos, após a administração (?) Bebeto de Freitas, aquele que queria se atirar da ponte.
O Botafogo, verdade seja dita, não tem elenco. A saída de Maicosuel e a contusão de Reinaldo – que não se cura nunca – escancararam essa realidade. Na decisão do Campeonato Carioca, diante do Clube de Regatas do Urubu, eles, os da Beira da Lagoa, tinham nada menos do que sete jogadores que conquistaram o bicampeonato justamente sobre o alvinegro. Pior: agora, em 2009, o técnico deles era simplesmente Cuca, banido do Botafogo por não impedir que os urubus conquistassem o bicampeonato.
E vou lhes confessar uma coisa: domingo, já antevendo uma derrota, nem assisti ao jogo contra o Grêmio. Preferi refrescar a cabeça numa festa de aniversário e não estou nem um pouco arrependido. E agora, com o time caindo pelas tabelas, quero ver quem vai se aventurar a ir ao Engenhão assistir a Botafogo x Sport?
Quem leva público a estádio é clube ganhador, com jogadores de valor e que encantam a todos com suas manobras. Pode ser, mas duvido muito, que eu vá queimar a minha língua. Mas esse Botafogo que aí está tem é que lutar – e muito – para não despencar de novo para a série B, como aconteceu com o Vasco.
E não me venham dizer que sou pessimista porque não sou. Com seis décadas de Botafogo no meu currículo, conheço muito bem meu clube do coração. Não foi à toa que o Botafogo passou 20 anos sem ser campeão – ganhou na 21ª disputa – justamente por ser uma casa de negócios. Se os outros também são, estou me lixando para eles. Eu quero o meu Botafogo vitorioso de volta. Só isso.
*Botafogo 24 x 0. Maior goleada do futebol brasileiro completa 100 anos dia 30