quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Botafogo em luto pelo falecimento do benemérito Roberto Porto, coloca bandeira a meio-pau


Notícia



Nota de Falecimento

Botafogo decreta luto e lamenta morte do benemérito Roberto Porto

Com imenso pesar, o Botafogo de Futebol e Regatas lamenta o falecimento do benemérito, jornalista, escritor e historiador botafoguense Luiz Roberto Ribeiro Porto, ou Roberto Porto, como era conhecido. Com a saúde fragilizada, ele morreu, aos 74 anos, na manhã desta quinta-feira no Hospital do Andaraí, onde estava internado.
O Botafogo decreta luto oficial de três dias e hasteia sua bandeira a meio mastro, em honra e agradecimento a este grande botafoguense, que durante anos representou o clube com efusivas demonstrações de carinho, além de crônicas e livros memoráveis sobre o Glorioso.
O clube manifesta solidariedade e força a amigos, familiares e fãs de Roberto Porto, jornalista de carreira brilhante. O velório será realizado a partir das 16h30 desta quinta, na Sala de Imprensa Armando Nogueira, em General Severiano. O enterro será às 11h de sexta, no Cemitério São João Batista.

Botafogo de Futebol e Regatas

Morre, aos 74 anos, o jornalista e escritor Luiz Roberto Porto

Robertão, como era chamado, era pai do narrador Roby Porto, sofria de complicações da diabetes e nutria paixão especial pelo Botafogo

Por Rio de Janeiro
http://globotv.globo.com/sportv/redacao-sportv/t/ultimos/v/comentaristas-lamentam-morte-de-roberto-porto-jornalista-e-torcedor-do-botafogo/3808962/

O Brasil perdeu mais um craque do jornalismo esportivo. Morreu na manhã desta quinta-feira, aos 74 anos, o jornalista Luiz Roberto Porto, vítima de complicações provocadas pelo diabetes. Robertão, como era conhecido, era pai do narrador Roby Porto, do SporTV, e foi um dos profissionais de imprensa mais atuantes entre as décadas de 60 e 90.
Nascido em 22/2/1940, Roberto Porto foi editor de esportes do “Jornal do Brasil”, do jornal “O Globo” e do "Jornal dos Sports", estando à frente de coberturas de diferentes Copas do Mundo, Jogos Olímpicos e Pan Americanos. Formado em Direito, sua carreira acabou voltada para o jornalismo esportivo. Robertão mantinha um blog e participava do programa “Loucos por Futebol”, do canal ESPN Brasil.
Torcedor do Botafogo, eleito benemérito do clube este ano, Porto escreveu vários livros, entre eles “História Ilustrada do Futebol Brasileiro”, ao lado de João Máximo e Salomão Scliar, e “Gírias e Verbetes Futebolísticos”, com Carlos Leonam e Manoela Pena, além de “Dicionário Popular de Futebol – o ABC das Arquibancadas” e “Botafogo, 101 Anos de Histórias, Mitos e Superstições”.
O jornalista deixa dois filhos - Roby e  Cristiana -, além do  enteado Mario Henrique Bittencourt.

roberto porto print jornalista botafogo (Foto: Reprodução)

Site oficial do Botafogo homenageia Luiz Roberto Porto, apaixonado pelo clube  (Foto: Reprodução)

Homenagem do Botafogo

O site oficial do Botafogo informa que o clube decretou luto oficial de três dias pela morte do grande jornalista, apaixonado pelo Alvinegro, e publicou nota lamentando o ocorrido.

"Com imenso pesar, o Botafogo de Futebol e Regatas lamenta o falecimento do benemérito, jornalista, escritor e historiador botafoguense Luiz Roberto Ribeiro Porto, ou Roberto Porto, como era conhecido. Com a saúde fragilizada e vítima de complicações provocadas pela diabetes, ele morreu, aos 74 anos, na manhã desta quinta-feira no Hospital do Andaraí, onde estava internado.
O Botafogo decreta luto oficial de três dias e hasteia sua bandeira a meio mastro, em honra e agradecimento a este grande botafoguense, que durante anos representou o clube com efusivas demonstrações de carinho, além de crônicas e livros memoráveis sobre o Glorioso.
O clube manifesta solidariedade e força a amigos, familiares e fãs de Roberto Porto, jornalista de carreira brilhante. As informações sobre velório e enterro ainda serão divulgadas."


O velório será realizado a partir das 16h30 desta quinta, na Sala de Imprensa Armando Nogueira, em General Severiano. O enterro será às 11h de sexta, no Cemitério São João Batista.

Botafogo de Futebol e Regatas

Roberto Porto faleceu aos 74 anos (Foto: Reprodução SporTV)

Roberto Porto faleceu aos 74 anos (Foto: Reprodução SporTV)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Botafogo, bicampeão brasileiro


Para mim – e para muitos outros alvinegros – o Botafogo de Futebol e Regatas e apenas campeão brasileiro de 1995, em memoráveis duas partidas contra o Santos. Mas a CBF, que tudo muda de uma hora para outra – baseada em relatórios estranhos, deu ao Glorioso o título de campeão brasileiro de 1968, como campeão da Taça Brasil. No infeliz Natal que tive, com a morte de minha companheira de 22 anos, Ada Regina Guimarães, foi o único presente que recebi – e amainou minha tristeza.

Agora, quer queiram ou não, o Botafogo do meu coração é bicampeão brasileiro de 1968-1995. Por que vou discutir? Por que vou negar? A CBF quis assim e eu aceito, até porque não estou em condições psicológicas de recusar rigorosamente nada. O que vier para amainar a minha dor será recebido de bom grado. E o Botafogo, já disse mil vezes, é o maior amor imaterial de minha vida. E assim será até que o árbitro soe o meu apito final. Levarei comigo estes e (quem sabe?) outros títulos.

E aí está o Botafogo campeão brasileiro de 1968, ligeiramente desfalcado, mas sempre o famoso alvinegro de General Severiano: de pé, de esquerda para a direita, Moreira, Cáo, Zé Carlos, Dimas, Carlos Roberto e Valtencir; agachados, na mesma ordem, Zequinha, Afonsinho, Ferretaço, Humberto Redes e Paulo César Lima. E quem não gostar da idéia, é só mandar uma reclamação para a CBF. O Simpaticíssimo já disse que vai mandar. Ele, Simpaticíssimo, e o Tabajara Futebol Clube.

O chororô agora é na Gávea, onde havia a Favela do Pinto.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um Natal de tristeza


Estou passando, com a mais absoluta das certezas, o Natal mais infeliz de minha existência. Perdi, há 24 dias, a grande companheira de minha vida, Ada Regina Guimarães. Nós nos conhecemos a 23 anos na redação da Tribuna da Imprensa, eu como editor de esportes, ela como estagiária de diagramação. Começamos a namorar e em 1988 fomos viver juntos em Vila Isabel, com o filho dela, Mário Henrique Bittencourt – hoje advogado do Fluminense – quando ele tinha apenas nove anos. Foi um período maravilhoso, repleto de alegrias, sorrisos e, inclusive, ainda com a presença de meus pais, que já se foram faz tempo.

Poucos anos depois, graças a meu trabalho, já como editor nacional e internacional de O Dia, pude realizar um de seus sonhos: uma viagem ao exterior. Profunda conhecedora de inglês, ela queria conhecer os Estados Unidos. E fomos nós três para Nova York, em fevereiro, onde fomos recebidos por meu filho Roby Porto que nem sonhava em trabalhar como narrador de televisão – na ESPN de lá, no início e na Sportv hoje em dia. Ela tinha tanto medo de avião (jamais havia embarcado num deles) que, enquanto o Boeing taxiava na pista, no Galeão, ela me perguntou aflita:

- Já decolamos?

Quando desembarcamos no Aeroporto Kennedy, meu filho estava nos esperando. Fazia um frio, acreditem, de 17 graus abaixo de zero. Pelas ruas desertas de Nova York só circulavam uns poucos táxis, com correntes nos pneus. Ficamos num hotel modesto, pertíssimo do Central Park – totalmente coberto pela neve – e perto, também do sinistro Edifício Dakota, onde John Lenon (1940-1980) foi assassinado a tiros e também foi rodado o filme de terror de Roman Polanski, em 1968, ‘O bebê de Rosemary’, com Mia Farrow e John Cassavetes nos papéis principais.

Na segunda semana o tempo melhorou. Chegou a 12 graus acima de zero e pudemos aproveitar algumas das atrações daquela que é considerada a capital do mundo. Chegamos a visitar o famoso Empire State, a Broadway, o Lincoln Center e outros lugares que minha memória não está ajudando. Passei meu aniversário lá, dia 22 de fevereiro, num restaurante português que levava o nome de ‘Cabana Carioca’. Para mim, especificamente, não foi uma aventura. Como jornalista, viajei quase o mundo todo – inclusive a Arábia Saudita – e estive quatro vezes nos Estados Unidos. Mas para Ada Regina, foi um sonho. O único que realizou em vida.

Hoje, sozinho em casa, tento relembrar aqueles momentos de muita neve e de raros raios de sol. E sinto uma dor profunda no peito. Nem o fato de o meu Botafogo ter sido agraciado com o bicampeonato brasileiro me alegra. Ela me faz uma falta incomensurável. Jamais esquecerei sua ausência e de seu jeito de caminhar na neve nas calçadas novaiorquinas. Não acredito em outras vidas. Mas a que ela me proporcionou irá comigo até o meu apito final.

Obrigado por ter existido, Ada Regina. Obrigado, mesmo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Nota de falecimento


Morreu ontem, dia 30, no Rio, na Oncoclínica da Barra da Tijuca, a querida Ada Regina Guimarães, esposa de meu querido amigo Roberto Porto.

Os amigos que quiserem mandar uma mensagem de apoio nessa hora de dor, o e-mail dele é portoroberto@uol.com.br

Atenciosamente
Malu Cabral

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Obrigado, Loco Abreu!!!


O tempo passa, os campeonatos se sucedem e eu fico ainda mais apaixonado pelo Botafogo. Não sei, sinceramente, até onde esse meu amor irá. Antigamente não ficava tão nervoso e ansioso. Hoje, com mais de seis décadas de Botafogo nas costas, estou cada vez pior. Minha vida – alegria e tristeza – passa a depender dos resultados do Botafogo. Ainda mais agora com jogos no meio de semana. Confesso aos leitores desse blog – se é que ainda me seguem – que fico desorientado no dia em que o Botafogo vai enfrentar qualquer adversário. Só consigo pensar no jogo e como o Botafogo do meu coração vai se comportar em campo, no Engenhão ou fora dele.

Na noite de quarta-feira foi assim, diante do Vasco. O placar do primeiro tempo quase me desmontou. Mas no segundo tempo, os dois gringos, Herrera (que gol lindo) e Loco Abreu se encarregaram de evitar uma derrota que parecia certa. E como há coisas que só acontecem ao Botafogo, Loco Abreu (foto) empatou a partida em 2 a 2 quando faltavam poucos minutos para o final da partida. Vibrei como se fosse um gol de vitória e pude dormir em paz, embora os três pontos não tenham vindo.

Aproveito esse espaço para pedir aos torcedores do Glorioso – campeão de 1910 e 2010 – que não vaiem os jogadores que não estão bem. Não exijo que os aplaudam. Mas não vaiem. Jamais em minha vida vaiei um jogador alvinegro. Aquela camisa para mim é um símbolo. E vaiar um jogador que a está vestindo, acho eu, é um ato inominável. Por isso a reação grosseira de Caio – que já nos salvou várias vezes – reagindo à torcida. O Botafogo não merece isso. A gloriosa camisa alvinegra não pode ser enxovalhada por quem a veste. Ela é linda e é um símbolo para nós todos.

Obrigado, Loco Abreu – uruguaio gelado – pela cobrança do pênalti sem cavadinha, matando a pau o goleiro do Vasco. Para um time que perdia por 2 a 0 e teve Herrera expulso, foi um bom resultado. Podia ser melhor, claro, mas com 10 homens ficou de bom tamanho. O importante era evitar a derrota. E Loco Abreu nos deu esse presente no finalzinho. Agora posso dormir mais ou menos em paz.

O Botafogo, em poucas e resumidas palavras, é uma de minhas razões de viver. E como digo no alto do blog. É a minha indubitável e gigantesca paixão imaterial. Obrigado, uruguaio, pela frieza e pela categoria. Siga sempre assim.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O desfalque que é reforço


A periodista Mariúcha Moneró (foto de Leopardo da Vinte) reinou no marketing do Glorioso durante o período do presidente Bebeto de Freitas – cujas contas ainda não foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo. Sempre soube que Mariucha era apaixonada pelo Tricolor das Laranjeiras, mas como ela cantava o hino Alvinegro, nos jogos do Botafogo, imaginei que tinha virado a casaca. O tempo passou e através de Jefferson Mello, aliado de Bebeto, fui convidado a escrever para o site uma vez por semana. Disse a ele que uma vez era pouco e passei a colocar três colunas no site.

Autoritária, aparentando saber mais do que sabia, Mariúcha jamais atendeu uma única, escassa e miserável sugestão minha para melhorar o site. Uma delas era a de entrevistar, com fotos, semanalmente, botafoguenses famosos como Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Marcelo Antony, Murilo Benício, Dira Paes, Léo Baptista, Luiz Penido, Eraldo Leite, Luiz Mendes, Lúcio Mauro, Otávio Augusto, Glória Menezes, José Augusto Branco e tantos outros globais e não globais.

Ela, Mariúcha, cheia de marra, vetou. E eu também acabei vetado três meses depois.

Não me considero um sujeito que tudo sabe sobre o Glorioso. Há muita gente que sabe mais do que eu. Mas sei um pouco, tenho fotos antigas no computador, sou sócio proprietário, pertenci ao Conselho Deliberativo por 15 anos e tenho este blog. Mas o Botafogo e Mariúcha, não me pagaram os três meses de colaboração (com nota fiscal). Deixei meu último salário para ser distribuído entre os funcionários mais humildes, que viviam com seus ganhos mensais atrasados e tirei meu time de campo de cabeça erguida. Fiz o que me permitiram fazer, embora me proibissem de colocar as centenas de fotos que possuo. Foi uma pena. Meu arquivo estava à disposição.

Ao todo, escrevi três livros sobre o Botafogo: ‘Didi – Treino é Treino, Jogo é Jogo’, ‘Botafogo – 101 anos de Histórias, Mitos e Superstições’ e por último, agora em 2010, ‘Botafogo – O Glorioso’. Os dois primeiros estão esgotados. O terceiro, impresso em Belo Horizonte, ainda pode ser encontrado em poucas livrarias. Jamais pedi um tostão ao Botafogo para escrevê-los, até porque passei batido por nomes de dirigentes ou pseudo-dirigentes. Contei sempre histórias, passadas a mim por Didi – com quem trabalhei na Rádio Globo – Neivaldo Carvalho e Américo Pampolini, todos falecidos, Robert James Neil, o Bob, Nílton Santos, Luiz Mendes e, hoje em dia, o talentoso dentista Ronald ‘Marretinha’ Alzuguyr. Isso para não falar em colegas de redação como João Saldanha e Sandro Luciano Moreyra e Oldemário Vieira Touguinhó, os três também mortos prematuramente.

Em poucas e resumidas palavras, repito, conhecia e conheço mais sobre o Glorioso do que todos os que integravam o marketing na época de Mariúcha, a tricolor. Mas tudo isso é passado. O que tinha que escrever sobre meu clube do coração já escrevi. Aí, veio Maurício Assumpção e afastou Mariúcha, que foi acolhida no marketing do Tricolor. E lá ela também mandava e desmandava. Segundo informações de cocheira, soube por interpostas pessoas, que lá também ela foi colocada para escanteio, ou seja, detonada. Para mim, Mariúcha, no Fluminense, é um desfalque que é um reforço. O marketing tricolor só tem a ganhar com sua ausência. Pode ser que agora, sem a ditadura de Mariúcha, o marketing tricolor ganhe destaque, até porque o clube vem fazendo boa campanha no Brasileiro deste ano.

Boa sorte, Mariúcha. Quem sabe o Beira da Lagoa não a chame para conturbar mais o clube?