Faço a mais absoluta e fechada questão de justificar minha ausência ao encontro dos jornalistas alvinegros com o presidente Maurício Assumpção (foto) na sede de General Severiano. Embora autor de três livros sobre o clube – ‘Didi, Treino é Treino, Jogo é Jogo’; ‘Botafogo – 101 Anos de Histórias, Mitos e Superstições’, e, por fim, ‘Botafogo – O Glorioso’ – não vejo razão de lá estar presente. Num passado mais recente, fui deletado do site do clube pela trinca formada por Bebeto de Freitas, Jefferson Mello e, acreditem ou não, pela tricolor de carteirinha Mariúcha Moneró (dizem que ela era ‘peixinho’ do presidente do alvinegro da estrela solitária).
Num passado mais distante, no Mourisco, fui verbalmente agredido pelo alcoolizado Maurício Porto (já falecido e sem qualquer parentesco comigo) e, mais tarde, em General Severiano, vítima de panfletos contrários à minha pessoa, panfletos esses mandados distribuir pelo indivíduo que carrega o nome de Marcos Portella – na ocasião, pelo que me consta, chefe do hipongo ‘Movimento Carlito Rocha’, que era (não sei se continua) contra tudo e contra todos que apareciam no clube, como sócios, proprietários e conselheiros em geral – e a mim, muito particularmente.
Por fim, já no início da administração de Maurício Assumpção, fui convocado para uma reunião na Confeitaria Colombo, no Centro, com o próprio Assumpção, levando comigo simplesmente meu irmão, o arquiteto Carlos Porto, autor do projeto do Engenhão – que, muito particularmente, acho o mais bonito do Brasil. Tomamos um café amistoso, nada mais do que isso, mas do que foi conversado e praticamente acertado nada, rigorosamente nada, foi colocado em prática. Tudo ficou como dantes no quartel da abrantes. Ou melhor, daquele café em diante tudo piorou.
Em poucas e resumidas palavras – como diria o jornalista Hélio Fernandes – não dou mais palpites sobre o Botafogo de Futebol e Regatas, minha maior e inexcedível paixão imaterial.
Prefiro reverter à categoria de torcedor, pelo rádio, televisão, Engenhão ou Maracanã, honrando a herança que recebi de meu querido tio Júlio Lopes Fernandes (1898-1983), que me tornou botafoguense e foi, a vida inteira, nada mais do que sócio contribuinte, daqueles que não deixava de pagar uma única e escassa mensalidade.
Do Botafogo material, dirigentes e conselheiros, quero a mais absoluta distância. Que me perdoem os jornalistas alvinegros que me convidaram.
Na lista de outros presidentes, faço questão de enumerar os que foram meus amigos, como Carlos Augusto Montenegro (raspou o bigode sem minha autorização), Mauro Ney Palmeiro, Charles de Macedo Borer, José Luiz Rolim e, por mais incrível que pareça, Emil Pinheiro, que sempre me recebeu no Mourisco com a maior educação e carinho.
Em 1992, por sugestão minha, Emil chegou a barrar Renato Gaúcho do segundo jogo contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro. Não que Renato Gaúcho estivesse sob suspeita – os suspeitos de suborno eram dois outros – mas a torcida queria simplesmente dar uma surra em Renato Gaúcho, por causa de uma foto tirada com Gaúcho, do Flamengo, após a primeira derrota alvinegra por 3 a 0 – um dia depois de a torcida do chamado ‘Mais Querido’ desabar das arquibancadas do Maracanã, provocando mortes e feridos e assustando todo o estádio.
Assim, do Botafogo oficial, com dirigentes e afins, quero distância...
(*) Esclareço que tenho um irmão apaixonado pelo Botafogo, cujo nome é José Maurício Porto, mas é chamado de Maurício Porto.
Num passado mais distante, no Mourisco, fui verbalmente agredido pelo alcoolizado Maurício Porto (já falecido e sem qualquer parentesco comigo) e, mais tarde, em General Severiano, vítima de panfletos contrários à minha pessoa, panfletos esses mandados distribuir pelo indivíduo que carrega o nome de Marcos Portella – na ocasião, pelo que me consta, chefe do hipongo ‘Movimento Carlito Rocha’, que era (não sei se continua) contra tudo e contra todos que apareciam no clube, como sócios, proprietários e conselheiros em geral – e a mim, muito particularmente.
Por fim, já no início da administração de Maurício Assumpção, fui convocado para uma reunião na Confeitaria Colombo, no Centro, com o próprio Assumpção, levando comigo simplesmente meu irmão, o arquiteto Carlos Porto, autor do projeto do Engenhão – que, muito particularmente, acho o mais bonito do Brasil. Tomamos um café amistoso, nada mais do que isso, mas do que foi conversado e praticamente acertado nada, rigorosamente nada, foi colocado em prática. Tudo ficou como dantes no quartel da abrantes. Ou melhor, daquele café em diante tudo piorou.
Em poucas e resumidas palavras – como diria o jornalista Hélio Fernandes – não dou mais palpites sobre o Botafogo de Futebol e Regatas, minha maior e inexcedível paixão imaterial.
Prefiro reverter à categoria de torcedor, pelo rádio, televisão, Engenhão ou Maracanã, honrando a herança que recebi de meu querido tio Júlio Lopes Fernandes (1898-1983), que me tornou botafoguense e foi, a vida inteira, nada mais do que sócio contribuinte, daqueles que não deixava de pagar uma única e escassa mensalidade.
Do Botafogo material, dirigentes e conselheiros, quero a mais absoluta distância. Que me perdoem os jornalistas alvinegros que me convidaram.
Na lista de outros presidentes, faço questão de enumerar os que foram meus amigos, como Carlos Augusto Montenegro (raspou o bigode sem minha autorização), Mauro Ney Palmeiro, Charles de Macedo Borer, José Luiz Rolim e, por mais incrível que pareça, Emil Pinheiro, que sempre me recebeu no Mourisco com a maior educação e carinho.
Em 1992, por sugestão minha, Emil chegou a barrar Renato Gaúcho do segundo jogo contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro. Não que Renato Gaúcho estivesse sob suspeita – os suspeitos de suborno eram dois outros – mas a torcida queria simplesmente dar uma surra em Renato Gaúcho, por causa de uma foto tirada com Gaúcho, do Flamengo, após a primeira derrota alvinegra por 3 a 0 – um dia depois de a torcida do chamado ‘Mais Querido’ desabar das arquibancadas do Maracanã, provocando mortes e feridos e assustando todo o estádio.
Assim, do Botafogo oficial, com dirigentes e afins, quero distância...
(*) Esclareço que tenho um irmão apaixonado pelo Botafogo, cujo nome é José Maurício Porto, mas é chamado de Maurício Porto.
11 comentários:
Caro Porto, acho que se afastar dessa diretoria é o melhor que vc pode fazer. Essa trinca Maurício, André e Anderson, é das piores tsunamis que já varreram nosso querido clube. Só lamento que vc tenha sido amigo de outros ilustres arrasadores do Botafogo, como Borer (nos mandou para Marechal Hermes), Rolim (sugador mor dos cofres alvi-negros), e Mauro Ney (que nos mandou para a segundona). Montenegro tb é um desvairado, que apesar de boas intenções já nos fez passar muitos vexames. De todos, por incrível que pareça, Emil, apesar de ser quem era, em apenas 4 anos devolveu um pouco do nosso orgulho de torcedor, com 2 Cariocas (não fomos tri porque nosso goleiro era um frangueiro da pior qualidade), e um vice brasileiro, vice doloroso mas onde tínhamos o melhor time do campeonato e acabamos traídos por Renê Playboy e C.A. Dias, um M. Santos desvairado, aquele goleiro frangueiro, e R. Gaúcho, que se escondeu do jogo. Emil não merecia aquela punhalada por parte dessa gente. Mas pelo menos, Emil tinha ambição e sabia montar times de futebol.
Como eu não tenho essa "moral"toda que o senhor tem , estou tambem me afastando tambem das noticias e jornais , enquanto esse sujeito estiver na presidência....
Parabéns por mais um livro autêntico e interessante do BOTAFOGO.
Alex -Juiz de Fora -Mg
Caro Roberto Porto!
Farei uso de frase de autoria (pelo que me consta), do João Saldanha. "_ Esse cara não serve p/ meu genro, mas joga no meu time “. Dentro deste raciocínio, o Bebeto de Freitas joga no meu time e o Maurício Assunpção serve p/ meu genro. Não tenho à menor intenção de valorizar o Bebeto de Freitas, mas sim, valorizar o que é bom p/ o BFR. Sou contra a idéia da pessoa querer colocar fogo na floresta apenas p/ atingir o macaco de sorriso difícil.
Estava claro que no último ano da gestão BF, a gestão estava perdendo gás. Era preciso recuperar o gás, equalizar o gás e avançar com novas pessoas, sem perder a continuidade de avanço. O mínimo que se esperava do novo presidente, era que mantivesse a taxa de recuperação do BFR vivida de 2003 a 2008.
Para o BFR, só existe uma coisa pior que a Gestão Maurício Assunpção, que é a própria manutenção do Maurício Assunpção, fraco e se arrastando até o final do seu mandato. Não importa o que é bom p/ o Maurício, Bebeto, e Montenegro, mas sim, o que importa agora, é o que é realmente importante p/ o BFR.
Não existe raciocínio de um BFR melhor, que não passe por uma melhora de gestão de Maurício Assunpção. Não podemos sobreviver c/ um Sassá Mutema na presidência do nosso Glorioso.
Caro jornalista Roberto Porto, não pela gestão Maurício Assunpção, mas pelo BFR, será importante vossa presença, até mesmo para ver e ouvir por si mesmo sobre momento delicado do nosso querido e maltratado Glorioso!
Saudações Gloriosas!
Cléto Martins
100% de acodo.
Caro Jornalista Roberto Porto.
Suas críticas ao Bebeto, ao MCR e ao Marcos Portella são de caráter pessoal, isto é, decorrentes de algum entrevero entre vocês ou de alguma situação onde se considere individualmente prejudicado, ou você realmente considera que a administração do Bebeto não foi positiva para o clube?
O Márcio Guedes eu sei que se enquadra na primeira opção. Gostaria de saber em qual dos casos você se situa.
Abraços!
Prezado Porto, fica um pouco sem sentido o Sr fazer duras críticas a Bebeto de Freitas, falar que quer ficar distante da diretoria do Botafogo, mas ao mesmo tempo se dizer amigo de pessoas como Carlos Augusto Montenegro, José Luiz Rolim e Mauro Ney Palmeiro.
Será que lhe passa pela cabeça que esse trio foi o responsável pelo endividamento do Botafogo que fez com que o clube hoje seja quase impossível de se administrar? Até mesmo Borer o Sr cita em seu ciclo de amizades!
Perdoe-me a franqueza, mas tais senhores podem até ser ótimos de se conviver. Mas para o Botafogo foram verdadeiros ceifadores. Como botafoguense, o Sr nem deveria no mínimo ter um pé atrás como todos eles e sequer citá-los aqui.
Um abraço
Mauro Cavalcante
Ué, Porto ?
Mas não foram os dirigentes atuais, os quais você no momento repudia, que tiveram a gentileza de lançar o seu último livro como produto oficial do Botafogo ?
Quanto ao citado MCR, concordo totalmente com suas observações. Discordo somente do adjetivo hipongo. Eles na verdade são é almofadinhas burgueses da zona sul e Barra. Não representam nada relativo ao Botafogo ou à sua torcida. Aliás, diria que são tricolores e ainda não sabem ...
Sds.
Sr Porto
discordo do seu ultimo post.
Se o Sr tem problemas pessoais com Bebeto de Freitas ou o MCR isso é uma coisa, mas desqualificar os 6 ultimos anos de gestão não é justo.
Voltamos a primeira divisão, resgatamos o clube, fizemos bons times, é verdade poderiamos ter mais titulos, arrumamos o Engenhão belo patrimonio.
Perto do q se passa em General Severiano nem se fala.
Discordo tbm de sua não ida ao encontro, como bom Botafoguense e jornalista deveria ir, discutir, cobrar, fiscalizar esse insano q lá se instalou.
Suas lembranças do passado são melhores q suas analise politicas do Botafogo.
Até torturador o Sr defendeu.
com respeito
Leonardo Teixeira
Mestre Porto,
Não conheço as pessoas e portanto critico o que elas representam.
Como torcedor anônimo do nosso amado BOTAFOGO acho que o Bebeto fez uma excelente administração. Lembro-me que ao assumir o cargo em 2003 o clube estava na segunda divisão e com 18 meses de salários atrasados aos jogadores. Funcionários nem se fala.
Lembro-me de uma declaração do Sandro (que saudades do seu futebol, liderança e raça), falando que não tinha onde tomar banho direito.
Acredito, pelo que li na época, que o Bebeto se afastou no último ano do mandato justamente por saber o grupo que tomaria o poder.
Lembro-me, mais ou menos, de uma das suas frases: O ADVERSÁRIO OU INIMIGO DO BOTAFOGO ESTÁ DENTRO DE CASA.
Nessa péssima administração o presidente era Mauro Ney Palmeiro.
Infelizmente esse senhor ronda a desastrada e lamentável adminstração do atual presidente. Ele, Maurício , demonstra total incapacidade e montou uma equipe pior, se isso é possível.
Não tenho dúvidas que ao término dessa administração, se nada mudar, a situação será pior que 2002.
Os números não mentem e basta ver os mesmos para constatar a nossa atual realidade.
O mestre comenta muito sobre o marketing entregue a uma tricolete e o que dizer da gerência do futebol entregue a um mulambo e seus parceiros empresários!
Acho que o mestre fez muito bem em não ir a essa reunião, pois tudo o que vem dessa administração é politicagem. Para isso eles são inteligentíssimos, vide o controle da maior parte da imprensa e da maior torcida organizada que se cala e exerce policiamento naqueles que tentam se manifestar.
Continuo achando que você é o único com credibilidade e moral para iniciar um movimento que una todos os GRANDES BOTAFOGUENSES e nos trazer o respeito, dignidade e as vitórias.
Abs e Sds, BOTAFOGUENSES!!!
Prezado Porto,
Há tempos que acompanho seu blog com certa frequência, acessando sempre que posso, pois gosto mto de suas histórias, comentários e opiniões. Porém, confesso que fiquei um pouco surpreso com o seu último post. José Luiz Rolim foi péssimo para o nosso estimado clube e Mauro Ney Palmeiro, ao meu ver, foi nada menos do que o pior presidente que Glorioso já teve, conduzindo o time para a 2ª divisão e largando o clube com dívidas astronômicas . Na época dele não conseguíamos sequer ser 4º lugar no carioca. Montenegro era melhorzinho, mas da mesma forma que o colega que postou mais acima, tb acho que ele foi um desvairado. Seu único grande feito foi ter retomado Gen. Severiano, mas de um modo geral falava bobagens em público, sendo que foi com ele que tomamos aquele 7x1 do Fluminense. Claro, chegamos a ganhar um Brasileiro em sua gestão, mas aquilo foi pura sorte, pois o time não havia sido montado para disputar o título. Talvez eles possam ser pessoas tratáveis, mas sinceramente acho que o sr. deveria tomar cuidado com esses indivíduos. Qto a Bebeto, eu até compreendo um pouco o que disse, pois do que vejo dele é uma pessoa um pouco difícil de se relacionar, meio temperamental e muitas vezes irritando-se com facilidade, mas acredito que ele era honesto, não escondia o que era, falava abertamente o que pensava, e foi o principal responsável pelo reestruturamento do clube nos últimos anos, equalizando dívidas, reformando a sede e o CT, conseguindo um ótimo patrocínio (pelo menos na época era) e nos brindando com um belíssimo estádio. Enfim, meu respeito e admiração ao nobre jornalista que és ainda se mantém, mas deixo registrado o meu humilde alerta.
Abs e saudações!
caro porto, a primeir apartida da final de 92 foi 3x0 pros mulambos, mas a arquibancada caiu momeontos antes do inicio da segunda partica, que terminou 2x2.
Eu sabia que o Rene playboy era um dos caras que recebeu $$$$ pra sacanear nas finais, so nao conhecia o nome do segundo... pra mim era o valber, mas nao me passava pela cabeca que seria o c.a. dias. Uma pena.
Acho tambem que, neste momento de verdadeiro VAZIO em que se encontra o clube e instituicao Botafogo, precisamos de TODO MUNDO para poder ter forcas para mudar as coisas do jeito que estao.
Se pessoas como voce comecarem a se ausentarem, ai eh que a coisa vai ficar feia mesmo.
Pense direitinho...
PS: eu frequento constanetemente o site do MCR e, realmente os caras sao meio xiitas em relacao a tudo oque eh Botafogo. bato de frente com eles a maioria das vezes, mas isso nao vai me fazer desistir de nada. Eles, do MCR, desistiram do clube em prol de egos e favores nao consedidos... abandonaram o CD e agora ficam la mandando folhetinhos e descendo a lenha no site, quando na verdade eles deveriam ter seu papel mais ativo, mas la dentro do clube, nao fora. Esquece esses caras... precisamos de gente forte como voce, no Fogao.
E sobre o bebeto, po Porto, o cara recolocou o Fogao no seu lugar novamente... de um desconto pro cara. Eu gostaria e ver voces dois de volta, isso sim.
SAN
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