Devidamente depenado e assado por Papai Joel na final do Campeonato Carioca de 2010 (vou falar sobre isso na noite de sábado na ESPN Brasil), o Urubu idiota já está em festa porque venceu o Corinthians. O Urubu, por sinal, não tem a menor vergonha na cara: foram duas derrotas para o Glorioso. A primeira, em campo, com gols de Herrera e Loco Abreu, contra um de Vágner Mylove (apelidinho suspeito, venhamos e convenhamos). A segunda, quando Papai Joel rejeitou a proposta de se juntar ao grupo da Beira da Lagoa, que terá, brevemente, uma nova UPP instalada dentro do clube. Por quê? Para evitar compras de motos para mães de traficantes, inibir Mylove de ser protegido por bandidos e, por fim, vigiar os frequentadores de bailes funks nas mais variadas e perigosas comunidades da cidade.
Por isso, nada melhor que relembrar (vejam a foto) nossa sensacional conquista, que faz, também, como já disse aqui, uma homenagem aos heróis de 1910, que além de campeões (surrando o Fluminense na final) entraram para o hino do clube. Aliás, eu já vinha pensando nisso muito antes da decisão. E como às vezes tenho premonições – umas boas, outras ruins – senti que 100 anos depois o título seria nosso. Se existem outras vidas (a Globo está passando uma novela que fala nisso), nosso zagueiro Dinorah está dando cambalhotas de alegria onde foi parar, depois de levar um tiro de Euclides da Cunha, ficar paraplégico e se suicidar no Guaíba. Eu não acredito nisso, mas que foi uma bela homenagem, isso foi sem sombra de dúvida.
Quanto à utilização da camisa apelidada de Pierrô, mantenho meu ponto de vista. Respeito a decisão do clube, do marketing alvinegro e da Fila, que fornece nossas camisas. Não quero criar um caso. Mas sou cismado e supersticioso. Se ela não deu certo na estréia, será sempre motivo de gozação. É verdade que já jogamos, no Maracanã, com uma camisa amarela da Suderj (me recordo que Fischer estava no time) e já ganhamos a Taça Teresa Herrera com a camisa do La Coruña, em cima do Juventus (que inspirou a nossa listrada num distante passado, por iniciativa de Itamar Tavares). Mas a camisa de Pierrô...É melhor deixar para lá.
Agora é a hora de contratar reforços para o Brasileiro. E vamos todos torcer para o retorno do craque Maicosuel. Com ele no meio-campo, Herrera e Loco Abreu vão fazer o diabo lá na frente. Não quero dizer com isso que não goste de Lúcio Flávio. Gosto. Principalmente porque ele demonstra uma coisa rara no futebol de hoje: amor pelo clube que joga. E em forma, é um excelente jogador. E para terminar por hoje, uma correção: na lista que fiz dos que fugiram do clube, em 2009, esqueci o nome de Carlos Alberto, hoje no Vasco. Ele pode entrar no time de Diguinho das Boates, André Lima (vira-casaca), Jorge Henrique, Túlio e todos os outros que foram conquistar troféus de lata em novos clubes. Não acreditaram no Botafogo e foi isso que deu. Lamento por Túlio, que, a princípio, sempre me pareceu botafoguense. Mas futebol é assim. Não é como nos tempos do mestre inesquecível Nílton Santos, que só vestiu a camisa alvinegra e a da Seleção Brasileira. E vamos que vamos...
2 comentários:
o andré lima foi dispensado pelo bota, não é como se ele tivesse virado a casaca (e honestamente, estamos melhor sem ele).
já o carlos alberto foi vacilo da diretoria na época.
enfim, na minha opinião, nenhum dos dois foram embora porque "não acreditaram no Botafogo"...
Eu gosto do Juninho. Sempre me pareceu um capitão dedicado e de poderoso chute. Sou fã do Lúcio Flávio e espero que ele fique no Glorioso.
SDS
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