sábado, 5 de junho de 2010

Mais sete morros para Adriano

                                    Créditos O Dia

Todos sabem que o Rio de Janeiro é uma cidade cercada de morros por todos os lados. Num deles, o Morro da Providência – bem atrás da Rádio Tupi – foi instalada a primeira favela da então capital do Brasil, com soldados pobres que vieram da Guerra do Paraguai e, também, com os desabrigados pela abertura da Avenida Central (hoje Avenida Rio Branco). O então prefeito Pereira Passos não tomou conhecimento de nada. Mandou demolir tudo o que atrapalharia a grande avenida, que se tornaria um marco na história da cidade. Nessa época, 1904, o Botafogo Football Club estava nascendo. E Osvaldo Cruz tornou obrigatória a vacinação contra a varíola.

O tempo passou e outras dezenas – talvez quase uma centena – de favelas rodearam o Rio. A da Rocinha e do Vidigal, só como exemplo, são umas das maiores e mais famosas. Pois muito que bem. De repente, não mais do que de repente, surgiu um benfeitor dos desfavorecidos pela fortuna: o jogador do Urubu, Adriano da Chatuba (foto). Envolvido em inquéritos policiais, Adriano provocou, inclusive, um certo atrito entre o Ministério Público (que o denunciou) e a polícia (que o inocentou). Ele é acusado de dar 60 mil reais a um traficante, mas viajará assim mesmo para Roma, onde jogará pelo clube da capital italiana. Adriano argumentou que a grana foi doada para cestas básicas e não para um sujeito procuradíssmo pela polícia.

Ao tomar conhecimento da história, decidi verificar como Adriano da Chatuba poderá seguir com suas contribuições para os pobres justamente em Roma. E consultando meus velhos compêndios de latim, relembrei que Roma tem apenas suas sete famosas colinas (ou morros): Aventino, Campidoglio, Célio, Esquilino, Palatino, Quirinal e Viminal. E aí eu pergunto: será que Adriano da Chatuba encontrará uma simpática favela em Roma, para contribuir com alguma coisa? Acho difícil. Mas, no país da Máfia e da Camorra – meio desgastadas nos dias de hoje – tudo é possível. E será, também, que ele levará sua temperamental namorada loura para lá? Não sei.

De volta a assuntos mais sérios, baseado no blogspot da companheira e amiga Malu Cabral, fiquei sabendo que o cidadão Washington Sebastián Gallo, mais conhecido como Loco Abreu, é o jogador com mais gols marcados entre os 736 jogadores inscritos para a Copa do Mundo da África. Loco Abreu, uruguaio e jogador do Glorioso Botafogo de Futebol e Regatas, marcou 305 gols em sua carreira, mais do que qualquer outro dos 31 países restantes. É verdade que o Uruguai não está entre os favoritos para a conquista do título, mas já teremos uma prova disso quando a Celeste enfrentará a França (campeã mundial de 1998) no próximo dia 11 deste mês.

Loco Abreu, como de costume, usará a camisa 13, que ficou famosa no Botafogo, não porque Zagallo a usasse, mas pela cisma que ele tem com o número. E ninguém esquecerá a categoria com que Loco Abreu marcou, de pênalti – de forma inusitada – o gol que deu ao Botafogo o título de campeão carioca de 2010. Que ele está fazendo falta ao alvinegro, está. Ou alguém duvida?

3 comentários:

Enéias Teles Borges disse...

Quero ver o Flamengo agora. Sem Adriando, Vagner Love... Zico terá muito trabalho.

Abraços.

Chico da Kombi disse...

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Gloriosas Saudações Alvinegras.

FORÇA FOGÃO!

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Luiz Mendonça disse...

Alô Robertão. Sou Luiz Mendonça, seu colega do Jornal dos Sports (20 anos atrás). Prazer em saber que a sua "caneta" continua igual ao vinho, com estilo inconfundível. Sutil, sem ser maldoso, preciso sem ser um "chato de galochas". Guardo até hoje, com carinho, a sua crônica sobre o debate que tivemos Airton Senna versus Piquet.
"A doce figura do Luiz ....", e depois, "pau na máquina Remington"
Estou morando em Descoberto, perto de S.João Nepomuceno (terra de Heleno de Freitas, que é meu primo) e me mande notícias.
Agora vai !!! NEEENSE !!!!
Saudações Tricolores e um grande abraço