Os amáveis e fiéis leitores que me acompanham aqui neste blog alvinegro já devem ter percebido que procuro ser o mais isento possível quando se trata de falar dos adversários do meu amado Botafogo de Futebol e Regatas. Agora, por exemplo, depois que abatemos com um só tiro certeiro o vetusto e elegante tricolor das Laranjeiras, estou preocupadíssimo com o local onde Flamengo e Fluminense irão disputar o terceiro lugar da Taça Guanabara. Álvaro Chaves e Gávea, como óbvios ululantes, não poderão ser utilizados pois são estádios a um passo da ruína.
Onde então deverão medir forças?
No Engenhão sem chance porque o Botafogo não cederá sua praça de esportes para os hunos rubro-negros. E em São Januário é impossível. Formou-se entre Vasco e Fluminense uma cerrada batalha nos tribunais e o estádio vascaíno, inaugurado em 1927, está fora de questão. Cá comigo pensei numa solução que poderia satisfazer tricolores e rubro-negros: uma disputa no Aterro do Flamengo. Que tal? O Aterro do Flamengo tem vários campinhos de futebol que podem e devem ser prestigiados, certo?
Outra solução – para satisfação daqueles que moram mais distantes – seria a Praia de Ramos. Mas devo confessar que da Praia de Ramos só ouvi falar do Piscinão. Não sei se há quadras disponíveis para um desafio tão importante para os destinos do futebol do Rio de Janeiro. Mas acredito que os dirigentes dos dois clubes – tão tradicionais e donos de gigantescas torcidas – haverão de encontrar um local para esse tremendo desafio: quem será o terceiro colocado na Taça Guanabara de 2009? Morro de ansiedade.
De volta a Botafogo x Fluminense, agora falando sério, fiquei deveras (bonita palavra, não?) impressionado com as vaias que Diguinho recebeu no Maracanã. Por parte da torcida alvinegra ainda compreendo. Diguinho não era rigorosamente ninguém até vestir a gloriosa e cumprir até mesmo boas e corajosas atuações. Mas Diguinho preferiu ignorar o prestígio que alcançou em General Severiano. Mas ser vaiado pela massa tricolor? Por quê? Como diria Nélson Rodrigues (1912-1980), um dos meus autores preferidos, Diguinho atarraxou a máscara da superioridade e acabou tremendo na base.
Não é de o meu feitio derramar lágrimas por jogadores de futebol. Mas admito que fiquei irritado com a debandada geral de vários deles, aí incluindo Túlio, Jorge Henrique e Lúcio Flávio, além de outros, como os zagueiros centrais, que nem merecem ser citados. E, como diz o ditado, o castigo vem a cavalo. Diguinho trabalhou como X9 para os tricolores e foi devidamente coroado por apupos violentos. Talvez, agora, ele sinta um pouco a falta do Botafogo, do ambiente do Botafogo, da torcida do Botafogo e da credibilidade que ele, quase um ‘joão-ninguém’, conseguiu em Venceslau Brás. Coisas da vida, Diguinho. Da próxima vez, pense um pouco antes de se oferecer para trabalhar como X9 para o tricolor.
Agora vamos encarar o Resende. Ainda desfalcados. Mas vamos que vamos porque o Botafogo, desde que Beltrami não apite, é praticamente invencível em decisões. Vamos nessa, Glorioso...