Com nove alterações em relação à partida anterior, quando foi derrotada pela Hungria por 3 a 1, esta é a formação da Seleção Brasileira que enfrentou Portugal, perdeu pelo mesmo placar e foi eliminada da Copa do Mundo de 1966, disputada na Inglaterra. Brasil x Portugal foi, também, o último jogo da Seleção Brasileira num mundial a ser transmitido unicamente pelo rádio. A partir da Copa do Mundo de 1970, a televisão entrou em cena.
Mas quem são os jogadores da foto que ilustra este blog?
Vamos lá:
de pé, Orlando, Manga (Botafogo), Brito, Denílson, Rildo (Botafogo) e Fidélis; agachados, Jairzinho (Botafogo), Lima, Silva, Pelé e Paraná.
Em campo, esse time jogava assim: Manguinha, Fidélis, Brito, Orlando e Rildo; Denílson e Lima; Jairzinho, Silva, Pelé e Paraná – este último é aquele que errou a bola e chutou a bandeira de corner num amistoso da Seleção no Maracanã. Ainda iniciante no jornalismo esportivo, escutei, por alto-falantes, esse jogo sentado no meio-fio da deserta Avenida Rio Branco, diante do Jornal do Brasil, para onde tinha que ir quando a partida acabasse.
Hoje, mais de quatro décadas depois, estou certo de que o Brasil não se atualizou em relação ao futebol europeu. Os dirigentes brasileiros pensavam apenas em comemorar o tricampeonato mundial, que só viria a ocorrer em 1970, no México. Em poucas e resumidas palavras, os êxitos conquistados em 1958 e 1962 fizeram com que todos ficassem mascarados.
É verdade que na partida diante de Portugal, o árbitro inglês McBee fez vista grossa, como diria Mário Viana (1910-1989), para as seguidas faltas da defesa portuguesa, principalmente sobre Pelé, que terminou o jogo mancando de tanto que apanhou. Entre os convocados e barrados para essa partida por Vicente Feola (1909-1975) estava Gérson, que já comandava o time do Botafogo após ter seu passe comprado ao Flamengo.
Mas não foram apenas os dirigentes que festejaram antes do tempo e voltaram mais cedo para casa. Os jornais, rádios e revistas, também. O número de jornalistas brasileiros credenciados para o Mundial de 1966 foi recorde. Todos igualmente otimistas. Eu me recordo que o cartunista Ziraldo criou o Canarinho Tri, que, depois, foi alvo das maiores chacotas.
O fracasso em gramados ingleses funcionou como uma espécie de alerta geral para os responsáveis pela Seleção Brasileira. Embora a troca de João Saldanha (1917-1990) por Zagallo tenha sido feita quase que em cima da hora de embarcar para o México.
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