Confesso aos leitores deste alvinegro blog que, na época, comprei esta foto na banca de jornais do Tolito, quase em frente ao Clube de Engenharia, na Avenida Rio Branco.
Mas o que teria esta foto de extraordinário?
Para mim, naquela época, 1978, valeu pela presença dos dois mascotinhos, João Diniz e Bruno, filhos de meu irmão Carlos Porto, autor do projeto do Engenhão. João virou a casaca e passou a torcer para aquele clube que vocês sabem.
Bruno, não. Segue alvinegro, dá aulas de desenho em Xangai e mantém na sacada de sua casa uma bandeira alvinegra. Sobre meu irmão arquiteto não preciso dizer que é tão botafoguense quanto eu. Talvez mais.
O tempo passou célere – pouco mais de três décadas – e alguns pontos precisam ser ressaltados no time que ilustra o blog. Mas, primeiro, vamos à identificação das figuras:
de pé, da esquerda para a direita, Ubirajara, Perivaldo, Ronaldo Torres, Russo, Nílson Andrade e, acreditem ou não, Vanderlei Luxemburgo, o Luxa;
agachados, na mesma ordem, Cremílson, Luisinho Tombo, Mendonça, Marcelo e Renato Sá.
Em campo, a escalação era esta: Ubirajara, Perivaldo, Nílson Andrade, Ronaldo Torres e Vanderlei Luxemburgo; Mendonça, Russo e Renato Sá; Cremílson, Luisinho Tombo e Marcelo.
O local é o estadinho de Marechal Hermes, para onde foi o Botafogo do meu coração depois da venda da sede à Companhia Vale do Rio Doce dois anos antes.
O presidente do clube, Charles Borer (1929-2001) fez o possível para reerguer o Botafogo, mas nada conseguiu, a não ser montar o que seria o “Time do Camburão”.
Na partida desta foto, contra a Portuguesa, num sábado à tarde, ocorreu um fato inusitado. O Botafogo estava conseguindo endurecer um jogo até certo ponto fácil e o placar indicava 1 a 1.
No segundo tempo, chutando para a baliza à esquerda da mal ajambrada tribuna para a imprensa, uma bola foi lançada na ponta-esquerda para Renato Sá. Mas ela iria sair se o repórter Valdir Luiz, da Rádio Nacional – um botafoguense ensandecido – não lhe desse um toquinho correndo junto à lateral. Renato Sá, então, foi à linha de fundo e centrou para Luisinho Tombo marcar o 2 a 1 e selar a vitória.
É evidente, pelos detalhes que descrevi, que eu estava presente com meus filhos Roby Porto (hoje na Sportv) e Cristiana Porto (há 20 anos na Califórnia). Quanto a Valdir Luiz, ficou na dele, quietinho, pois seu toque foi sutil. Mas se o Botafogo venceu naquele dia em Marechal deve um pouco a meu amigo radialista da Nacional.
Saudações Botafoguenses,
Roberto Porto
6 comentários:
O Vandeco Luxeco não jogava nada.
Preparar...
Apontar...
Detonar o Boavista em Bacaxá...
FOGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO...
Gloriosas saudações alvinegras.
Botafogo, minha vida, eu te amo.
Me perdoem os arquivos implacáveis, mas essa é do báu! Russo na meia cancha e Luxemburgo - na época era Vanderlei - na lateral esquerda! Além disso, quem haveria de se lembrar de Ronaldo Torres e Nilson Andrade? Confesso não fazer a menor ideia de quem sejam...
E desculpem-me também pelos erros de português.. a começar pelo horrível "báu", só percebido tardiamente... rs
Roberto,
Esse post foi muito maneiro, pois relata um fato histórico, gol do Fogão com participação do lendário "Pato Roco".
O Luxemburgo segundo dizem, até ele mesmo já falou isso, não jogava nada! Como pode um time como o Botafogo contratar um perna de pau assim?
A foto do time em si ficou muito legal com as arquibancadas ao fundo lotada, com lindas bandeiras alvinegras desfraldadas.
Um abraço.
Saudações Alvinegras!!!
Luiz Rogério
Uma pergunta a todos:
Esse foi o jogo de estreia no campo de Marechal Hermes? Se nao me engano a estreia por la tambem foi contra a Portuguesa nao?!?! Se foi, eu estava la, aos meus dez anos, levado pelo meu tio, botafoguense e principal razao do meu amor pelo Glorioso!!!
Querido Roberto Porto
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